19 de fevereiro de 2011


Eu me sinto como num lugar errado, num tempo errado. Num tempo veloz, em que é melhor ter muito, muito rápido, que criar raízes lentas, cultivar aos poucos e manter por anos a água, o sol. Feito uma árvore. Que precisa estar firme, e pode estar só. Não somos mais firmes. Nunca estamos sós. As pessoas vão esquecendo que só existe TODO porque existe EU. A extrema necessidade de constante companhia cria uma profunda solidão, crônicaguda. E eu sou lenta, sou antiga. Eu quero o cuidado, a morosidade, o i-n-s-p-i-r-a-r-e-x-p-i-r-a-r. Quero ter calma para chorar, quero sofrer tudo. Quero ter tempo de o sangue coagular e a pele nascer. Sem pontos. Sem artifícios.

Falta tempo para o Amor. Falta respeito ao Amor. Falta Amor.

Que seja feito, que seja livre, que seja romântico. Que seja eterno, platônico, carnal. Que seja Uno, que seja Pluro. Mas que seja sempre. Que seja o mote, o motivo, que dê c-o-e-s-ã-o à existência.

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