6 de abril de 2011


E caminhava ela por aí os olhos atentos em forma de amêndoa, pequenos e negramente profundos, quase sempre baixos, refletindo talvez sua auto-estima, ou timidez e nos gestos delicados, curtos e escassos, com todo o cuidado possível, penetravem sem querer outras faces, e transmitiam aquele enigma, a solidão incógnita que carregava a moça. um medo de chegar perto. um terror na presença da estranha, como quem tem uma faixa em torno do corpo, alertando a tinta fresca. ou alguma doença contagiosa, lepra emocional, racional. 

Camila Paier
Foto: Carol Loureiro 

Um comentário:

Beijos doces e coloridos para quem fez a doçura de vir deixar um carinho... Lhe desejo mais amor, mais vida, mais felicidade!