15 de agosto de 2010

Todos criamos monstros que dilaceram sonhos.



Quantos monstros imaginários foram arquivados nos subsolos da sua mente furtando seu prazer de viver e dilacerando seus sonhos? Todos temos monstros escondidos por detrás da nossa gentileza e serenidade.

 Augusto Cury


"(...)A maneira como enfrentamos as rejeições, decepções, erros, perdas, sentimentos de culpa, conflitos nos relacionamentos, críticas e crises profissionais, pode gerar maturidade ou angústia, segurança ou traumas, líderes ou vítimas. Alguns momentos geraram conflitos que mudaram nossas vidas, ainda que não percebemos. Algumas pessoas não se levantaram mais depois de certas derrotas. Outros nunca mais tiveram coragem de olhar para o horizonte com esperança depois de suas perdas. Pessoas sensíveis foram encarceradas pela culpa, tornaram-se reféns do seu passado depois de cometerem certas falhas. A culpa as asfixiou. Alguns jovens extrovertidos perderam para sempre sua auto-estima depois que foram humilhados publicamente. Outros perderam a primavera da vida porque foram rejeitados. Mulheres e homens perderam o ramantismo depois de fracassarem em seus relacionamentos afetivos, após terem sido traídos, imcompreendidos, feridos ou não amados. Filhos perderam a vivacidade nos olhos depois que um dos pais fechou os olhos para a existência. Sentiram-se só no meio da multidão. Crianças perderam sua ingenuidade depois da separação traumática dos pais. Foram vítimas inocentes de uma guerra que nunca entenderam. Trocas as brincadeiras pelo choro oculto e cálido. A complexidade da mente humana nos faz transformar uma borboleta num dinossauro, uma decepção num desastre emocional, um ambiente fechado num cubículo sem ar, um sintoma físico num prenúncio da morte, um fracasso num objeto de vergonha.(...)"

"(...)Não podemos nunca esquecer que os sonhos, a motivação, o desejo de ser livre nos ajudam a superar esses monstros, vencê-los e utilizá-los como servos de nossa inteligência. Não tenha medo da dor, tenha medo de não enfrentá-la, criticá-la, usá-la.(...)"

Para Cury todos nós somos Complexos e Complicados, podemos criar no teatro das nossas mentes os extremos: o drama e a sátira, o pânico e o sorriso, a força e a fragilidade. Somos tão criativos que, quando não temos problemas, nós o inventamos. Alguns são especialistas por sofrer por coisas que eles mesmos criaram. Outros têm motivos para serem alegres, mas mendigam o prazer. São ansiosos e estressados. Têm momentos em que se irritam por pequenas coisas, sofrem desnecessariamente. Uns mais, outros menos. Gandhi comentou: "O que pensais, passais a ser." O que pensamos afeta a emoção, infecta a memória e gera as misérias psíquicas. Quem é escravo dos seus pensamentos não é livre para sonhar,  temos uma complexa emoção que influencia a lógica dos pensamentos, as reações e atitudes humanas, diz Cury.

"(...)Nem sempre os sonhos são definidos e bem organizados no teatro da mente. Às vezes nascem como pequenos traçados, simples esboços, idéias vagas que vão se desenhando e tomando forma ao longo da vida.(...)"

Cury acredita que as conquistas dependem de 50% de inspiração, criatividade e sonhos, e 50% de disciplina, trabalho árduo e determinação. São duas pernas que devem caminhar juntas. Uma depende da outra, caso contrário nossos projetos tornam-se miragens, nossas metas não se concretizam. Para o filósofo Kant, "a paciência é amarga, mas seus frutos são doces." Cury afirma ser a paciência o diamante da personalidade. Para realizar um sonho é necessário tudo isso, mas ANTES: "Precisamos resolver nossos montros secretos, nossas feridas clandestinas, nossa insanidade oculta." (Foucault, 1998)

Um comentário:

  1. Adoro os livros de Cury, parece que os livros foram feitas pra nós mesmas né!?

    Força ai e tudo de bom!!!!!!!

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